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TV / GALÃ NA COMÉDIA

Alexandre Nero, de No Rancho Fundo, avalia falta de comédia na TV: 'A vida é engraçada

Em entrevista à Contigo! Digital, Alexandre Nero se divertiu com título de galã e confessa que sente falta de fazer mais comédia na televisão

Daniel Palomares Publicado em 30/04/2024, às 12h57

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Alexandre Nero interpreta Tico Leonel na novela No Rancho Fundo, da TV Globo - FOTO GLOBO/BEATRIZ
Alexandre Nero interpreta Tico Leonel na novela No Rancho Fundo, da TV Globo - FOTO GLOBO/BEATRIZ

Encantado com tudo que envolve a novela No Rancho Fundo, Alexandre Nero conversou com a Contigo! Digital e falou sobre o personagem na trama das 6 da TV Globo, elogia a parceria em cena com Andrea Beltrão e se diverte com o título de galã, agora, na vida real também. “Se você ver minhas fotos... é papo furado!”, disse.

Na casa do Tico, quem manda é a Zefa (Andrea Beltrão). E na sua, quem manda é a Karen?

Sempre, mas a última palavra é a minha: “Sim senhora! (risos)”

Como é ser pai de sete na ficção? Tem levado alguma coisa do Nero pai para o Tico Leonel? 

Tenho, a calma. Na verdade, a gente não leva pro personagem, a gente leva o que a gente traz da gente, né? O que eu quero dizer é que quando a gente faz um personagem raivoso, essa raiva que está no set, a gente traz da gente, é a minha raiva que eu coloco no set. Mas, de alguma forma, o meu corpo entende que eu estou levando isso para casa também. Então no caso do seu Tico, ele é tão amoroso, tão afetuoso, que eu trago esse afeto, esse amor meu, pelos meus filhos, pelos meus pais, pelo mundo para o seu Tico Leonel e de alguma forma isso também reflete no meu dia a dia, isso também me devolve. Essa coisa de ‘Não leve o seu personagem pra cama’, ela existe, obviamente, intelectualmente existe, mas fisicamente o teu corpo não entende muito bem quando você faz cenas de briga, de luta, de raiva, que mexe interiormente com você. Então afeto é a mesma coisa, cena de afeto te dá afeto sabe, você fica muito amoroso com as pessoas.

Como você define o Tico Leonel?

É um personagem extremamente apaixonante, ele tem um que ali de Chaplin, o menino abandonado, mas tem um lugar cômico nisso, então ele é engraçado, mas tem o lugar de menino perdido, tem uma criança ali também, ele é muito ingênuo, é aquele menino que você conta uma história e ele acredita, então é realmente apaixonante. Eu acho a história toda apaixonante, todos os personagens são muito bacanas, eu estou muito apaixonado por tudo.

Se sente mais à vontade fazendo comédia?

Eu sempre fiz comedia a minha vida inteira, é que a televisão nunca me chamou muito pra isso. Eu fiz Filhos da Pátria. A televisão há muito pouco tempo atrás dividia muito esses espaços de programa de comédia, a novela era o drama que tinha o núcleo cômico. A novela contemporânea não tem mais isso, não tem o núcleo cômico. O ator tem que saber dançar todas as danças, saber cantar todas as músicas. Eu sempre acreditei nisso, sempre fiz comédia no teatro, fiz palhaçaria, teatro de rua, fiz a minha vida inteira isso, a televisão é que foi colocando a gente nesses lugares. Agora, a novela abrindo esses espaços, uma novela contemporânea, a vida não se divide em drama e comédia, a vida é engraçada e dramática, e essas misturas vão acontecer em No Rancho Fundo.

Como tem sido a parceria com a Andrea Beltrão?

Sempre fui um cara sortudo com meus parceiros e parceiras e a Andrea é mais esse golaço. Fazendo uma analogia com futebol, porque a Andrea é boleira, ela joga futebol, faz altinha, então fazendo essa analogia com o futebol, acho uma maravilha ter uma parceira que consegue passar a bola redonda, eu tento devolver redonda, a gente não ocupa os mesmos espaços na área, não fica dando cabeçada. Então é uma maravilha, um privilégio estar ao lado dela.

Vocês viajaram para Diamantina, em Minas Gerais, para gravar algumas cenas. Como foi esse período lá?

Divertidíssimo, foi incrível. O Zé (José Loreto) é o rei das redes sociais, então ele postava as pessoas cantando, dançando, bebendo, foi nesse clima. A novela está nesse clima. Não tem fórmula de sucesso e isso não é forjado, não tem como forjar uma festa de bastidor, mas se existe algum, isso também não é sinônimo de sucesso, ninguém tem como saber qual é a fórmula do sucesso, mas há indícios. Um texto primoroso, genial, a direção incrível, um astral maravilhoso, as pessoas envolvidas, não tem como não ser. A chance de isso não dar certo é muito pequena.

Você sempre foi um galã, mas agora estão comentando ainda mais isso nas redes sociais...

Eu sempre fui galã onde? Você me conheceu agora, né? Você não me viu feio (risos). O galã está ali, que é o Eduardo Moscovis. Ele sempre foi bonito, por isso que ele quer ser talentoso. Eu não, eu nunca fui bonito, eu caguei pra ser talentoso, agora eu quero ser bonito! (risos) Mas a verdade é que a idade faz com que os outros comecem a enfeiar e a gente vai ficando no mesmo nível, é só por isso (risos). Mas se você ver minhas fotos.., isso é papo furado, não vem com isso de galã não! Era o personagem, o Comendador, não eu. Como diz minha mulher, as pessoas conhecem o Nero, mas não conhecem o Vieira. O Vieira é terrível (risos)!