Cariúcha foi diagnostica com miomas uterinos e vai passar por cirurgia. A Contigo! conversou com o médico Thiers que deu detalhes sobre o problema
A ex-Fazenda 15, cantora e apresentadora Cariúcha revelou recentemente, em entrevista a CARAS Brasil, que ficará três dias afastada do programa Fofocalizando, do SBT, porque terá que realizar uma cirurgia de emergência. A carioca de 39 anos foi diagnosticada com miomas uterinos e passará pelo procedimento para não correr o risco de perder o útero. A Contigo! procurou o médico Thiers, especialista em cirurgias ginecológicas minimamente invasivas, com experiência em endometriose, adenomiose e miomas, para dar mais detalhes sobre o problema.
Inicialmente, Thiers ressalta que a história familiar de mioma é o principal fator de risco para o desenvolvimento de miomas, e afirma que uma ultrassonografia transvaginal simples é o suficiente para fazer o diagnóstico do mioma uterino. “Mesmo com poucos milímetros. Então, o diagnóstico pode ser rápido, desde que haja acesso ao sistema de saúde. A ressonância da pelve é o exame mais completo para avaliar o útero com miomas”, diz.
Os principais sintomas, segundo o médico, são sangramento uterino anormal, sensação de peso na pelve, aumento do volume abdominal, aumento da frequência urinária e infertilidade. “Felizmente, a maioria dos miomas não precisa de tratamento cirúrgico e necessita só de acompanhamento. Quando eles começam a causar sintomas, indicamos o procedimento cirúrgico”, explica.
A recuperação vai depender do procedimento indicado, de acordo com o especialista. “A histeroscopia e a radiofrequência têm recuperação bem rápida, em torno de dois dias. Quando não é possível pelos métodos anteriores, fazemos a abordagem por via abdominal, de preferência por robótica ou laparoscopia, com recuperação média de 10 a 15 dias. Para miomectomias mais complexas, é indicada a laparotomia (chamada também de “cirurgia de barriga aberta”), com tempo estimado de recuperação de 30 dias”, fala.
Hábitos saudáveis, como alimentação controlada e exercício regular, são ações que podem ajudar a reduzir a velocidade de evolução dos miomas. “Mas como o principal fator de risco é a genética, não podemos impedir, ainda, o surgimento dos miomas”, alerta Thiers.
O especialista ainda garante que as cirurgias, geralmente, não são complicadas. “Lógico que existem algumas variáveis: o cirurgião, o quadro do paciente. Em muitos casos de miomas, as cirurgias são tranquilas, ocorrem bem. Mas há casos complexos, com mais possibilidade de transfusão de sangue. Já operei pacientes com 80 miomas, com miomas de 25 centímetros”, conta. “Mas é importante ressaltar que pacientes que possuem mioma e recebem a indicação de retirada do útero, é importante procurar uma segunda opinião. Ter mioma não é sinônimo de retirada de útero”, alerta o médico.
Cariúcha 
