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Xuxa e suas inesquecíveis férias de julho...

"Não desperdicem um único segundo de suas vidas", reflete a apresentadora, colunista de CONTIGO!

Por Xuxa Meneghel Publicado em 26/06/2017, às 12h34 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Xuxa Meneghel - Contigo!
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O mês de julho está chegando. Com ele, as férias e o frio. E, embora eu ame sol, férias são férias! É sempre bom lembrar dos momentos marcantes na vida da gente: quando criança, a pausa de julho era um evento! E, considerando que não tinha calor, o que fazer? Minha família, como de costume, ia para Coroa Grande, litoral do Rio de Janeiro. Lá, não tinha praia (não naquele modelo praião), havia pouca areia, muita lama e, claro, meus familiares e amigos, ingredientes que não podiam faltar para as férias serem completas. No fim, não importava o lugar (apesar de amar Coroa) nem a ausência de muita coisa para fazer, já valia a pena estar lá nesse clima de descanso.

Quando pequena, assim como hoje, amava estar perto da natureza. Além disso, fazia de tudo para soltar a minha imaginação. Eu podia viajar mesmo estando embaixo da mesa ou na beliche do quarto com meu amigo imaginário. Se estava frio ou chovendo? Zero problema! Tudo fazia parte de uma jornada incrível que, hoje, eu vejo que só acontecia porque eu era criança.
Me lembro do cheiro das minhas férias, que delícia! E, no mês de julho, o aroma era diferente do verão, que tinha cheiro de bronzeador ou do sol que batia no mato e perfumava a cidade com o capim-limão que beirava a linha do trem. As férias de julho tinham cheiro de terra molhada pela chuva, café ou chá e, em especial, a Feira de Santana, uma festa que acontecia em Itacuruçá, local a 4 km de Coroa Grande. Na frente da igrejinha, faziam barracas com uva e maçã do amor, morango, pé de moleque, doce de batata doce, cocada com doce leite de Muriqui, churrasquinho no espeto (dessa parte especificamente eu não achava o cheiro bom)... E ainda tinham as músicas. Era tudo tão lindo, tão forte.

O encanto das férias de julho durava dias e trazia gente de todos os cantos. Nós íamos a pé de Coroa para Itacuruçá numa alegria só! No caminho de volta, sentíamos um baita frio, mas estávamos satisfeitos por termos ganho algumas prendas e ter comido tudo que o pouco dinheiro nos deixou comprar. Era tão mágico que eu sonhava com as férias de julho a ponto de, mesmo amando o sol, não sentir falta dele. Afinal, a minha imaginação era quente, forte e me supria de momentos que eu levava até novembro, quando já contava nos dedos para dezembro chegar e começar a pausa no colégio novamente. Como eu gostaria de gritar para todas as crianças ouvirem: NÃO DESPERDICEM UM ÚNICO SEGUNDO DE SUAS VIDAS! Seja no frio ou no calor, na chuva ou no sol, de dia ou a noite, viva cada segundo sem desejar estar em outro lugar, pois quando você estiver mais velha, poderá dizer com todas as letras: EU ERA FELIZ... E SABIA!